Várias cidades em um só circuito, todas com um passado dourado em comum. Assim é a região de Conselheiro Lafaiete. Reúne histórias que permaneceram por muito tempo esquecidas. Por aqui passou o caminho novo, e depois a Estrada Real, que ligavam as riquezas de Minas ao porto do Rio de Janeiro, então capital da colônia.
Estamos falando de cinco cidades: Conselheiro
Lafaiete (uma das mais importantes vilas de Minas), Itaverava
(onde foram encontradas oficialmente as primeiras amostras
de ouro), Santana dos Montes (e suas fazendas históricas),
Ouro Branco (com sua natureza imponente) e Congonhas (Patrimônio
Cultural da Humanidade - Unesco).
Pelos caminhos históricos escoou o ouro, deixando
para trás minas exauridas. As tropas transitavam
com o comércio da emergente sociedade mineira do
século XVIII. Eram homens, cavalos, mulas e toscas
carroças enfrentando as trilhas precárias
de uma terra ainda selvagem. Não poderia deixar de
ser. Junto com os homens circulavam também as idéias,
os desejos e a subversão.
Novos conhecimentos vieram da Europa e da capital,
ocupando um generoso espaço entre as demais mercadorias.
Tramas, intrigas, traições e arte. Tudo serve
para temperar as histórias da região. Os inconfidentes
percorreram estes caminhos, tentando tornar real o que era
um sonho de liberdade. Do outro lado estavam as autoridades,
ávidas em recolher seus pesados impostos e entregá-los
ao Rei. Foi-se o ouro, mas ficaram as igrejas, a natureza
e as lendas. Contam com sua imponência um pouco da
saga daqueles mineiros.
Conselheiro Lafaiete é passagem obrigatória
para muitos dos turistas que se dirigem todos os anos a Ouro Preto
(Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade -
Unesco) e Mariana (a primeira capital de Minas). Visitá-la
é como cavalgar com os tropeiros, se introduzindo naquele
espírito dourado, numa época em que todos os caminhos
levavam à Vila Rica (atual Ouro Preto), antiga capital
da província. Nada mais oportuno que reservar alguns dias
e conhecer as igrejas, os casarões, o povo, antigas fazendas
e os segredos há tantos anos esquecidos no tempo.
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